Tenho que movimentar o blog, e como ainda não concluí o próximo post, acredito que seja interessante comentar os livros que costumo receber de meus colegas, os novos escritores brasileiros. Começo pelo primeiro volume da saga Ethernyt, de meu amigo e conterrâneo, o escritor Márson Alquati.
Crime, intriga internacional, investigação, aventura arqueológica, perseguição, tiroteio, etc. e etc.
Que dizer de uma estória que é uma mistura de Código da Vinci, A Lenda do Tesouro Perdido, Legião, V e Apocalipse Now? Eu diria, de bate-pronto, que tal estória deve ser um LIXO! Uma tremenda porcaria.
Por sorte, Márson Alquati conseguiu escrever esta estória em seu livro Ethernyt, A Guerra dos Anjos, e fez essa temível mescla de crime, intriga internacional, investigação, aventura arqueológica, perseguição, tiroteio, guerra campal, detetives, espiões, monges, assassinos, alienígenas, anjos, demônios... UFA!... E ele conseguiu misturar tudo isso SEM cair no ridículo, o que é mais importante.
Obviamente, por passar rente a tantas tendências e enredos literários, e por se tratar de um romance internacional, com personagens (e locações) de diferentes nacionalidades, do italiano ao francês, passando por britânicos, norteamericanos e brasileiros, egípcios, africanos, etc. e etc., e tendo sido escrito em português, o livro acaba caindo em algumas armadilhas, como as clássicas e antiquíssimas pistas em forma de verso escrito em pergaminho, que decerto NÃO DEVIAM RIMAR ao serem traduzidas para nossa língua lusitana, principalmente em se levando em conta as soluções aos enigmas propostos por elas no livro, que eu prefiro não revelar pois são spoilers. As descrições detalhadíssimas sobre armamentos - antecedendo momentos de conflito armado e perigo intensos - e mesmo sobre a história de locais-chave da trama também não colam... Ora, ninguém explicaria a seu parceiro a ficha técnica de características, país de origem, montagem, funcionamento e poder de fogo de uma submetralhadora quando ambos estão prestes a ser varridos do mapa por uma chuva de balas de bandoleiros! Isso não existe!
Fora isso... Hmmm... Não. Melhor dizer "DANE-SE isso!", pois Ethernyt é um daqueles romances longos e movimentados que literalmente GRUDAM no leitor. A correria, o mistério, os enigmas e as buscas por soluções e conflitos entre personagens se iniciam cedo, e vão percorrendo o livro todo, causando surpresas e mais surpresas, E MAIS SURPRESAS AINDA ao leitor no decorrer da trama.
Ler Ethernyt, A Guerra dos Anjos, é como entrar em uma longa luta onde não há rounds ou intervalos. O livro oferece uma sucessão tão impressionante de reviravoltas, encontros surpresas e descobertas que chega a tirar o fôlego, instigando a curiosidade e obrigando o leitor a mergulhar nas mais de 440 páginas do livro, sem conseguir sair pra respirar. O resultado, no meu caso, foi inédito, em se tratando de um romance longo: li Ethernyt em menos de duas semanas... verdadeiro milagre pra um leitor LERDO como eu, que volta e meia leva meses em leituras menores.
E já estou de olho no segundo livro, pois trata-se de uma trilogia - a certeza de que a narrativa deve continuar – e que vem muito mais crime, intriga internacional, investigação, aventura arqueológica, perseguição, tiroteio, etc. e etc. - transparecendo em seus capítulos finais.
Parabéns ao autor, meu conterrâneo, por ter elaborado essa dose inovadora, líquida e certa de crime, intriga internacional, investigação, aventura arqueológica, perseguição, tiroteio, etc. e etc., que é Ethernyt, A Guerra dos Anjos. A literatura brasileira agradece!
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