Poucas coisas me emocionam mais do que cerimônias de premiação. Em contrapartida, poucas coisas me parecem ser mais injustas do que escolher quem vai ser premiado.
Descobri outro dia um tipo peculiar de fanático que eu não conhecia. O fanático literário, que se escandaliza, ofende-se e clama pela vingança divina contra todo herege blasfemo que ouse interpretar as sagradas escrituras de Guimarães Rosa, Machado de Assis, Lispector, Scliar, de forma diversa do que pregam os ritos do seu séquito de intelectuais cultistas.
Você aí, que diz ser feliz, por favor não me ensine como se faz. Ser feliz como você me parece ser deveras entediante.
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