segunda-feira, 29 de junho de 2015

Marvel Battle Scenes - confira as dicas e descubra como tirar o máximo de proveito de seu deck de Ultron

http://www.battlescenes.com.br/dica-de-deck-a-verdadeira-furia-ultron/


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Imaginação Fértil – parte 2 – A Sinfonia do Inferno

Receita para ler Imaginação Fértil:
1 – Leia a primeira parte – Valsa do Quotidiano
2 – Leia a segunda parte – A Sinfonia do Inferno
3 – Pergunte: Por que será que o autor colocou esse ‘A’ no início do título da segunda parte?
4 – Agradeça aos céus por tudo o que é diferente na parte dois NÃO ter a mínima chance de acontecer na vida real.


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A SINFONIA DO INFERNO

Você acorda pela manhã. O despertador tocando.

É cedo. O [CALABOUÇO] quarto ainda está tomado pela escuridão.

Você se estica todo, respira fundo, ouve os estalos nos ossos [QUEBRADOS] e chuta os cobertores para longe sentindo o frescor matinal em sua pele.

Cedo demais, mas você precisa levantar. O [COMODISMO] dever, ou algo que o valha, o chama.
Você levanta, veste-se, lava o rosto no banheiro e segue até a cozinha onde prepara o breakfast. Uma torrada de pão [MOFADO] integral com uma fatia de queijo muzzarela [AZEDO] e outra de peito de peru [APODRECIDO]. Uma xícara de [PETRÓLEO] café preto com três gotas de [CIANURETO] aspartame. Um pote de [BETUME] iogurte e uma banana [DE DINAMITE]. O [ÁCIDO SULFÚRICO] remédio para a hipertensão, o [VENENO] comprimido para o colesterol, o complexo de vitaminas [CANCERÍGENO] e… uma última pastilha [LEPRA LÍQUIDA NAPALM NANOMÁQUINAS] que você nem lembra mais para o que serve.

Enquanto escova os dentes você revista a carteira [CHEIA REPLETA DE DÓLARES MILHÕES DE DÓLARES AMERICANOS CENTENAS DE CARTÕES DE CRÉDITO SEM LIMITE TÍTULOS DE VALOR INCALCULÁVEL AO PORTADOR RIQUEZA SEM FIM BROTANDO DA CARTEIRA BATATINHA QUANDO NASCE ESPARRAMANDO DINHEIRO PELO CHÃO] onde há apenas algumas poucas cédulas e checa a hora e as possíveis mensagens no celular, tentando fazer tudo isso junto da forma mais eficiente e menos estabanada possível. Mensagens automáticas, ofertas de planos de celular, inclusive do plano de celular que você já tem no seu próprio celular, são o que há para se ver.

Contrariado com as mensagens, você tosse e cospe [SANGUE SEU ESTÔMAGO CORROÍDO AS TRIPAS DERRETIDAS] a espuma da pasta de dente na pia do banheiro, tentando não se engasgar. Colhe [BILE] água da torneira com a concha da mão, sorvendo-a e fazendo alguns gargarejos.

Você se olha no espelho. Penteia os cabelos. As covas ao redor dos olhos [QUE NÃO EXISTEM ÓRBITAS VAZIAS ROSTO DESCARNADO CAVEIRA OSSOS CRUZADOS] parecem ser as mesmas de sempre, mesmo você sabendo que elas sequer existiam uma década antes.

Você deixa o apartamento, duas voltas nas chaves das [DUZENTAS FECHADURAS TREZENTOS CADEADOS SISTEMAS CODIFICADOS DE VIGILÂNCIA CANHÕES LASER PERFURANTES E METRALHADORAS ROBOTIZADAS COM IDENTIFICAÇÃO INSTANTÂNEA DE DNA E LEITURA DE RETINA DE CRIMINOSOS LIGADA POR CABEAMENTO ÓTICO AOS SISTEMAS DA INTERPOL TUDO PRONTO PARA ATIRAR E MATAR E DESMEMBRAR INVASORES] duas fechaduras, e segue pelo corredor do terceiro andar. Alguém passa por você. Seu aceno de cabeça silencioso é correspondido de forma análoga [POR UMA FACADA NO PEITO E UM TIRO DE MAGNUM QUARENTA E QUATRO NA SUA CABEÇA O SORRISO DE ESCÁRNIO TRAIÇOEIRO DO HOMEM SOMBRIO QUE O ODEIA PEGUEI VOCÊ SEU FILHO DA PUTA SAFADO SEI TUDO O QUE VOCÊ FEZ FAZ E FARÁ SEUS ERROS SEUS VACILOS E VOU DESNUDÁ-LO FATIÁ-LO E SERVIR SEUS PEDAÇOS À MILANESA NO JANTAR DE TODO MUNDO QUE SABE O QUE VOCÊ É E O ODEIA E QUER QUE VOCÊ MORRA E SE EXPLODA E SEJA DERRETIDO EM UMA PANELA FERVENTE HAHAHAHAHAHAHA] pelo vizinho, e ambos seguem seus caminhos pelo corredor tomado pela penumbra.

Você chama o elevador e o aguarda. Quando [A BOCARRA METÁLICA SE ESCANCARRA PARA O ENGOLIR E O LEVAR PARA O ÚLTIMO DOS CÍRCULOS DO INFERNO] a porta se abre, você entra e aperta o botão do andar térreo. Como de costume, você ouve o estrépito de mecanismos e engrenagens [DE PESADELO A PASSAGEM PARA O FIM DO MUNDO A MÁQUINA DA ENTROPIA] e cabos invisíveis que se atritam. Prédio antigo. Elevador jurássico. Sorte que ainda funciona.

Atravessando o corredor que dá acesso ao exterior, você cumprimenta [A CRIATURA DE OUTRO PLANETA O ZUMBI CARNIÇAL O POBRE FILHO BASTARDO HORRENDO E DISFORME DO MONSTRO DE FRANKENSTEIN] o porteiro e inicia sua caminhada rumo ao trabalho.

O movimento começa a se intensificar, as pessoas abandonando a letargia do final de semana e [COMO RATOS FORMIGAS VERMES BARATAS] tomando conta da cidade grande, prenunciando mais uma segunda-feira de trabalho e correria.

A barulheira do movimento se intensifica e você puxa os fones de ouvido do celular e pendura as extremidades em seus ouvidos, acionando os solos de [FERRAGENS TANQUES DE GUERRA AVIÕES BOMBARDEIROS] guitarra de um grupo de rock psicodélico dos anos setenta, cujos acordes [ENXAMES DE MILHÕES DE ABELHAS] e vocais [FURIOSOS ENSANDECIDOS DEMONÍACOS ALUCINÓGENOS] harmoniosos e dissonantes [CONSOMEM SUA ALMA E SEU PECADO E DERRETEM SEU CÉREBRO AMALDIÇOAM O FUTURO DE TODAS AS SUAS GERAÇÕES FUTURAS SANTIFICAM-NO PURIFICAM SEU SER ELEVAM-NO A ALTURAS INDIZÍVEIS TRANSFORMAM SEU CORPO NO DE UM GUERREIRO SAGRADO ENCOURAÇADO COM DOZE DÚZIAS DE BRAÇOS COM MACHADOS E ESPADAS DE LÂMINAS IMACULADAS E ESCUDOS DE FÚRIA E DOR E AMOR E ÓDIO E PRAZER E DESEJO INFINITO DE DESTRUIÇÃO DIVINA] o acalmam e distraem.

Enquanto caminha ao som da [ORQUESTRA SINFÔNICA DO APOCALIPSE] música, você observa a repetição monótona de carros [SENDO ARREMESSADOS PARA O AR POR PODERES PSICOCINÉTICOS E JOGADOS PARA EXPLODIREM UNS DE ENCONTRO AOS OUTROS] e ônibus [ESMAGADOS E TRITURADOS JUNTO AO ASFALTO ESTILHAÇOS FRAGMENTOS E PNEUS VOANDO LONGE E VIDRO DESPEDAÇADO PELO PISOTEAR SUCESSIVO POTENTE E INTERMINÁVEL DE FORÇAS CÓSMICAS GIGANTESCAS E INVISÍVEIS] passando pelas ruas e as pessoas [SENDO ENGOLIDAS POR RACHADURAS E FENDAS E PENHASCOS QUE SE ESPALHAM POR TODOS OS LADOS TRAGANDO TUDO E TODOS E VOMITANDO UM OCEANO DE LAVA FULGURANTE E ESCALDANTE] andando pelas calçadas, lotando-as aos poucos.

Você vê os grandes prédios [SENDO ARREMESSADOS PARA O ESPAÇO OU EMPURRADOS PELA SUA VONTADE COMO GRANDES PEÇAS DE DOMINÓ QUE CAEM UMAS SOBRE AS OUTRAS EM UMA APOTEOSE DE DEVASTAÇÃO] que tentam bloquear a imagem do céu [VERMELHO-SANGUE ESCALDANTE LABAREDAS DE QUILÔMETROS DE ALTURA QUEIMANDO O PLANETA INTEIRO] azul, em mais um dia de temperatura [ESCALDANTE GLACIAL INFERNAL CRIOGENIA COMO EM NETUNO URANO MERCÚRIO CROMO SOL UM BILHÃO DE GRAUS CELSIUS POR CENTO] agradável, sem nuvens.

Lojas e butiques [DESMORONAM E SOTERRAM QUEM ESTÁ DENTRO] abrem suas portas disputando espaço com ambulantes que [CAEM AO CHÃO EM ESGARES E ESTERTORES SANGUE E PUS BROTANDO DE SEUS OLHOS E BOCAS E UNHAS E CLOACAS] espalham suas mercadorias sobre toalhas pelo piso do passeio público.

Você observa [ALVOS] as pessoas vindo em sua direção. Homens [AMEAÇADORES] de óculos escuros e ternos e maletas [DE ONDE SAEM ARMAS DE RAIOS GAMA QUE VOCÊ PRONTAMENTE DIZIMA COM RAJADAS DE CALOR DE SEUS OLHOS] e expressões ausentes. Mulheres elegantes e formosas de saltos e bustos altos [QUE SÃO PENETRADAS ESTUPRADAS VIOLENTADAS TODAS JUNTAS PELA SUA LANÇA DE LONGINUS QUE SE SUBDIVIDE EM CENTENAS DE PÊNIS COMO ANZOIS QUE SE ESTICAM EM CABOS PERFURANDO AS ROUPAS AS VAGINAS OS ÂNUS ATRAVESSANDO OS CORPOS SAINDO PELAS BOCAS ENLOUQUECENDO-AS DE PRAZER COLECIONANDO CENTENAS DE FÊMEAS ARRASTANDO-AS AO VENTO COMO SE FOSSEM BALÕES DE GOZO LUXÚRIA E LASCÍVIA] com olhares insinuantes. Jovens apressados com suas mochilas e bonés enormes [QUE CRIAM VIDA E DENTES E ABOCANHAM SEUS DONOS]. Crianças [DESMEMBRADAS DECAPITADAS DECEPADAS] uniformizadas de acordo com os padrões de suas escolas ou da moda. Mães carregando [DEVORANDO E RASGANDO A DENTADAS] criancinhas choronas. Skaters e motoqueiros [EXPLODINDO] atravessando os engarrafamentos diante dos semáforos fechados com grande habilidade e muito [SANGUE E MEMBROS DILACERADOS E CABEÇAS COM CAPACETES VOANDO E QUICANDO PELO ASFALTO] estrépito, provocando reclamações e buzinas de gente inconformada [QUE É FRITADA VIVA E CARBONIZADA VIVA E TORRADA VIVA] dentro dos carros que deveriam estar [ARDENDO] andando.

Um conhecido [CUJA CABEÇA É INSTANTANEAMENTE VAPORIZADA] o cumprimenta.
Você sorri.

E é sorridente, assoviando uma bela canção, que você prossegue em seu caminho rumo ao trabalho.

Imaginação Fértil – parte 1 – Valsa do Quotidiano

Receita para ler Imaginação Fértil:
1 – Leia a primeira parte – Valsa do Quotidiano
2 – Leia a segunda parte – A Sinfonia do Inferno
3 – Pergunte: Por que será que o autor colocou esse ‘A’ no início do título da segunda parte?
4 – Agradeça aos céus por tudo o que é diferente na parte dois NÃO ter a mínima chance de acontecer na vida real.


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VALSA DO QUOTIDIANO

Você acorda pela manhã. O despertador tocando.

É cedo. O quarto ainda está tomado pela escuridão.

Você se estica todo, respira fundo, ouve os estalos nos ossos e chuta os cobertores para longe sentindo o frescor matinal em sua pele.

Cedo demais, mas você precisa levantar. O dever, ou algo que o valha, o chama.

Você levanta, veste-se, lava o rosto no banheiro e segue até a cozinha onde prepara o breakfast. Uma torrada de pão integral com uma fatia de queijo muzzarela e outra de peito de peru. Uma xícara de café preto com três gotas de aspartame. Um pote de iogurte e uma banana. O remédio para a hipertensão, o comprimido para o colesterol, o complexo de vitaminas e… uma última pastilha que você nem lembra mais para o que serve.

Enquanto escova os dentes você revista a carteira onde há apenas algumas poucas cédulas e checa a hora e as possíveis mensagens no celular, tentando fazer tudo isso junto da forma mais eficiente e menos estabanada possível. Mensagens automáticas, ofertas de planos de celular, inclusive do plano de celular que você já tem no seu próprio celular, são o que há para se ver.

Contrariado com as mensagens, você tosse e cospe a espuma da pasta de dente na pia do banheiro, tentando não se engasgar. Colhe água da torneira com a concha da mão, sorvendo-a e fazendo alguns gargarejos.

Você se olha no espelho. Penteia os cabelos. As covas ao redor dos olhos parecem ser as mesmas de sempre, mesmo você sabendo que elas sequer existiam uma década antes.

Você deixa o apartamento, duas voltas nas chaves das duas fechaduras, e segue pelo corredor do terceiro andar. Alguém passa por você. Seu aceno de cabeça silencioso é correspondido de forma análoga pelo vizinho, e ambos seguem seus caminhos pelo corredor tomado pela penumbra.

Você chama o elevador e o aguarda. Quando a porta se abre, você entra e aperta o botão do andar térreo. Como de costume, você ouve o estrépito de mecanismos e engrenagens e cabos invisíveis que se atritam. Prédio antigo. Elevador jurássico. Sorte que ainda funciona.

Atravessando o corredor que dá acesso ao exterior, você cumprimenta o porteiro e inicia sua caminhada rumo ao trabalho.

O movimento começa a se intensificar, as pessoas abandonando a letargia do final de semana e tomando conta da cidade grande, prenunciando mais uma segunda-feira de trabalho e correria.

A barulheira do movimento se intensifica e você puxa os fones de ouvido do celular e pendura as extremidades em seus ouvidos, acionando os solos de guitarra de um grupo de rock psicodélico dos anos setenta, cujos acordes e vocais harmoniosos e dissonantes o acalmam e distraem.

Enquanto caminha ao som da música, você observa a repetição monótona de carros e ônibus passando pelas ruas e as pessoas andando pelas calçadas, lotando-as aos poucos.

Você vê os grandes prédios que tentam bloquear a imagem do céu azul, em mais um dia de temperatura agradável, sem nuvens.

Lojas e butiques abrem suas portas disputando espaço com ambulantes que espalham suas mercadorias sobre toalhas pelo piso do passeio público.

Você observa as pessoas vindo em sua direção. Homens de óculos escuros e ternos e maletas e expressões ausentes. Mulheres elegantes e formosas de saltos e bustos altos com olhares insinuantes. Jovens apressados com suas mochilas e bonés enormes. Crianças uniformizadas de acordo com os padrões de suas escolas ou da moda. Mães carregando criancinhas choronas. Skaters e motoqueiros atravessando os engarrafamentos diante dos semáforos fechados com grande habilidade e muito estrépito, provocando reclamações e buzinas de gente inconformada dentro dos carros que deveriam estar andando.

Um conhecido o cumprimenta.

Você sorri.

E é sorridente, assoviando uma bela canção, que você prossegue em seu caminho rumo ao trabalho.

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